Quem acompanha meu blog deve ter lido sobre minha experiência com a máquina fotográfica na Disney, mas depois que a querida Ruth me mandou uma mensagem pedindo dicas de como iniciar os registros das viagens em família, voltei a pensar no assunto.

Quando meu primeiro filho nasceu, eu tirava inúmeras fotos da mesma pose. Queria registar sorrisos, piscadas… e quem olhava o álbum, inclusive meu marido, me achava meio maluca porque as fotos pareciam todas iguais e repetidas.

Dois anos depois, nasceu meu segundo filho e quando preciso encontrar uma foto dele de bebê a missão é quase impossível, pouca coisa foi impressa e me sinto a mãe mais relapsa do mundo!

A tecnologia chegou e com a era digital, podemos tirar milhares de fotos que nem sempre paramos para organizar e muitas vezes se perdem.

Sempre gostei de tirar fotos… na verdade eu adoro! Mas uma experiência que tive na nossa primeira viagem para Disney me fez pensar o quanto se perde quando os momentos são vividos através da tela do celular. Por ser a primeira viagem internacional dos meus filhos eu queria fotografar e filmar tudo, até que durante um brinquedo que tira fotos instantâneas, meus filhos e meu marido apareceram se divertindo e eu com uma câmera na mão.

Isso me deixou tão mal, que eu percebi que o melhor é viver a experiência e registrar tudo no coração… e isso vale para viagens, apresentações da escola, campeonatos, qualquer coisa!

Hoje tiro menos fotos e quando possível eu compro uma foto dessas que são tiradas da família durante o passeio e acabam virando uma ótima lembrança.

Minha querida amiga Fabiana, contou que escreve pequenas cartas depois de uma viagem… ela registra coisas interessantes que viveram: uma brincadeira, uma boa piada, uma atrapalhada de alguém da família. Achei isso tão fantástico, que fiz uma lista de coisas que lembrei de viagens em família, como por exemplo, quando nos perdemos na Florida e fomos parar no meio do pântano por um erro do GPS, o dia que meu filho abriu a cabeça na Califórnia e eu quase morri do coração, o dia que meu filho viu um carro conversível e perguntou se o carro chamava conversível porque as pessoas podiam conversar, e das músicas que viraram trilha sonora de momentos especiais. Obrigada Fabi!

Voltando a pergunta da Ruth, existem sim cadernos especiais que servem para registrar a viagem, mas minha dica é viver a vida de forma intensa, tire algumas fotos, compre fotos de passeios, escreva cartas como minha amiga Fabiana e sempre que voltar faça back-up das fotos e coloque todas na nuvem.

E o principal: esqueça o celular nos momentos mais importantes da vida! Fortaleça os vínculos reais e não os digitais… você verá que isso cria memórias inesquecíveis e faz a vida valer muito a pena.